terça-feira, 11 de setembro de 2012

O PRAZER DA LEITURA

Depois de me divertir pra caralho com o livro do Mário Prata, venho aqui para falar sobre o prazer da leitura. 
Como é boa a sensação de tirar um livro da estante, tateá-lo, folheá-lo, sentir o cheiro (de livro novo e de livro velho), mergulhar em suas páginas e entrar em determinado universo! Como pode um objeto proporcionar isso?
Para muitas pessoas,  ler é um verdadeiro martírio, principalmente quando são obrigados (como ter que devorar aquela relação de livros para o vestibular).  E ler um livro dessa maneira, torna-se uma tarefa tediosa e cansativa. Como não conseguem terminar de ler uma obra, optam por resumos. E devido à essa pressão, futuramente, querem distância dos livros. 
Tem livros que a galera lê porque virou modinha. E que, na maioria das vezes, são péssimos.
E tem os livros de auto-ajuda que vendem pra cacete. Li um deles, apenas por curiosidade - porque para falar mal, você precisa ao menos, conhecer - e achei patético, risível, desprezível. E não mudou a minha vida.
Tem tantas obras boas e que estão esquecidas nas prateleiras das livrarias. Fazer o que, né?
E para tudo tem o seu tempo. Eu não posso indicar um Guimarães Rosa ou um Camões para quem nunca leu   na vida. Sempre sugeri para os meus alunos que começassem lendo contos e crônicas, que são mais curtos do que uma novela ou um romance. É assim que começa. O importante é curtir uma obra. Ler por deleite e não por obrigação.
Tem tantos escritores fantásticos, da atualidade, principalmente, como Luís Fernando Veríssimo, Marcelo Mirisola, Mário Bortolotto, Marçal Aquino,  Santiago Nazarian, Marcelo Rubens Paiva, Ferréz, só para citar alguns, cujas obras são de fácil entendimento e extremamente prazerosas de se ler.
E tem um livro que, acredito, deve acompanhar uma pessoa desde o seu nascimento até o dia da sua morte: as Obras Completas de Shakespeare (cuja foto ilustra este post). No mundo anglo-saxão, nenhum lar é completo se não contém um exemplar da Bíblia e o outro das Obras Completas de Shakespeare. Nem todos pensam que é preciso reler esses livros na idade madura, mas todos acham que eles são essenciais no lar, como símbolos da Religião e da Cultura. Antonio Abujamra diz sempre em seu programa Provocações , da TV Cultura, que deve-se ler Hamlet, uma vez por mês. Na minha biblioteca tem um exemplar das obras completas do bardo inglês, e, vez ou outra, me encontro debruçado sobre alguma peça. 
Em 2002, quando montei Sonho de uma Noite de Verão, antes mesmo de trabalhar na montagem, ficamos durante quatro meses lendo suas 37 peças e apresentando seminários. A cada encontro, de 8 horas, discutíamos uma obra.  E como essa atividade foi enriquecedora. 
Acho que é isso. A leitura higieniza a mente, amplia seus horizontes e te traz muito conhecimento. Podem te tirar tudo. Só uma coisa não podem te tirar: o seu conhecimento.

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