segunda-feira, 21 de julho de 2014

TIRANDO DA COVA

Em março de 2015, a Cia. das Artes Dramáticas - CAD - da qual sou fundador, dramaturgo, diretor, e as vezes ator, completará 20 anos de atividades. Evidentemente que iremos fazer uma festança para comemorar a data, afinal de contas, não é qualquer grupo que completa 20 anos de atividades, praticamente ininterruptas e com 45 espetáculos em seu currículo. E além da programação que contará com alguns espetáculos, estou preparando uma exposição com fotos, cartazes, recortes de jornais, exibição em vídeo das montagens encenadas, enfim, organizar uma espécie de Memorial do CAD. 
Só que para fazer isso, é necessário coletar o material. As fitas VHS dos espetáculos já foram convertidas para DVDs, jornais que noticiaram os eventos já foram escaneados e estou criando uns slides em PowerPoint onde o público poderá consultar o histórico do grupo, espetáculos encenados com datas de estreias, temporadas e apresentações extras além de sinopses, fichas técnicas e fotos de cada espetáculo.
Se fosse hoje, seria tudo muito fácil, pois tudo é digital. Agora imaginem em 1995 em que câmeras e máquinas fotográficas precárias registraram os eventos!!!! Está sendo um trabalho do cão escanear fotos, programas, certificados, flyers, para provar que os espetáculos realmente foram realizados. Falar que fez 45 espetáculos, é fácil. Agora, prove! E para provar isso, estou tendo muito trabalho.
Sempre fui muito desencanado com o currículo. Comprava os jornais e guardava numa pasta. A pasta ficava entupida de papeis, comprava outra e quando essa também  se enchia de papeis, comprava outra e assim sucessivamente. Só que nunca fui de organizar esse material. Então tem programas e cartazes de uma peça com contrato de locação de espaço de outra e borderôs de outra, então, pacientemente, estou desencovando nas minhas estantes todo esse material. Quero deixar tudo em seus devidos lugares, para depois escanear e além de ter uma cópia física, ter outra em PDF.
Está sendo muito trabalhoso, é verdade, mas quando me deparo com um diário de encenação de algum espetáculo, do qual, evidentemente, não me lembro mais, é muito prazeroso.
Tenho chão pra concluir a tarefa e o que me alivia é que este trabalho deixará frutos e sempre reavivará a memória das pessoas, porque, infelizmente, brasileiro tem memória curta.

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