segunda-feira, 25 de junho de 2012

MUSICOTERAPIA

Estou precisando de férias. Faz muito tempo que não viajo. Não viagem de trabalho, mas sair um pouco para curtir e descansar o corpo e a mente. 
É incrível como a cabeça de um dramaturgo, diretor e ator, não para de trabalhar. Preciso zerar. Esquecer de tudo por um período. Não escrever, nem decorar textos ou elaborar cenas. Queria poder dormir 10, 15 horas por dia, e não 5 ou 6, como é de hábito.
Tenho sonhado bastante nessas últimas semanas. Sonhos bons e sonhos ruins. E para não me esquecer deles, deixo o notebook ligado, e, se acordo no meio da noite, digito o que sonhei, porque, se voltar a dormir, não lembrarei mais do sonho. E, por isso, a qualidade do meu sono, é péssima.
O estresse é tanto, que dia desses, tive um "apagão", uma amnésia passageira. Estava sozinho num ônibus em movimento. E aí, pensei:
- Para onde estou indo?
Eu não me lembrava. Dei o sinal e saltei no ponto seguinte. Sentei no banco, e por aproximadamente 15 minutos, fiquei pensando, até me lembrar para onde ia. Aguardei o próximo ônibus e fui até o meu destino.
Fiquei bem tenso com essa situação e não comentei sobre isso com ninguém. Fui até uma farmácia e comprei pó de guaraná. Mas esses ginsengs, pó de guaraná, energéticos,  não funcionam mais comigo.
Então apelei para a musicoterapia
Antes de dormir, crio um playlist de trilhas de filmes, que é a minha paixão. Yann Tiersen, de "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain", Nino Rota, de "Amarcord", Zbigniew Preisner de "A Liberdade é Azul", Jürgen Kniper, de "Asas do Desejo", Thomas Newman, de "Perfume de Mulher", são alguns deles.
Ouço também Bach, Beethoven, Chopin, Strauss, Handel, Mendelsohn, Enya, Faith no More, Café del Mar, Ella Fitzgerald, Madredeus, Dead Can Dance, Bauhaus, Erik Satie, Mark Isham, Debussy, Wim Mertens, Billie Holiday, Phillipe Glass, Tom Waits, Mary Hopkin, e, sem esquecer, de Renato Russo...
E tá  começando a dar resultado. 
"E o vento vai levando tudo embora..."

 

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