sexta-feira, 27 de março de 2009

PARAÍSO ARTIFICIAL

Por diversas vezes
Fiquei te observando ao longe
Sem que você percebesse
Aguardando um telefonema,
Uma mensagem, um sinal
Que não chegava

Buscava desesperadamente
Em outros olhos, os seus olhos
Em outros corpos, o seu corpo,
Em outros braços, os seus braços
Em outras bocas, a sua boca
E em outros sexos, o seu sexo


E quando te reencontrei
Foi-se embora a sensação de abandono
Quando você me abraçou
Me senti protegido
Ao sentir o seu calor
E sua pele alva e macia
Roçando o meu rosto.


Sei que acabou
Talvez não tenha mesmo mais volta
E é inútil tentar qualquer coisa
Só quero que saiba que
Mesmo que me case, tenha filhos
E viva num paraíso artificial
Quando for um velho de cabelos brancos
De você nunca me esquecerei, pois
Fui, sou e serei para sempre teu

Para sempre teu
Para sempre teu
Para sempre teu



Julio Carrara 

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