terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

SOPRO DE VIDA

Dor, tristeza, medo, coração fraco, uma forte dor de cabeça, um joelho que range a cada passo. Sei que tenho pouco tempo de vida, talvez seis meses, talvez um ano... pode ser que aconteça amanhã também, quem sabe. Sinto constantes dores no peito e nas costas. Pontadas fortíssimas.
Quando estamos à beira da morte, ficamos extremamente sensíveis, principalmente, quando se tem certeza que o seu fim está próximo. Faço um milhão de coisas porque quero aproveitar a minha vida até o último instante.. Quando eu sentir que está chegando minha hora, vou me despedir de todos, meter o pé na estrada e desaparecer. Restarão apenas... lembranças.
Vazio. Frio. Solidão. Angústia. Taquicardia. Dor no peito. Dor de cabeça. Corpo gelado. Tédio. Depressão. Carência. Gripe. Febre. Tosse. Minhas lágrimas escorrem pelo meu rosto. Sinto um gosto salgado. Quente. É como o calor da chama de uma vela. Uma chama que outrora era forte e que agora está se extinguindo. Basta um sopro. E... ADEUS!


Julio Carrara 

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