Escrevi um artigo intitulado GERAÇÃO TWITTER que postei no meu blog e no site Oficina de Teatro do qual sou colunista. Num dos comentários encontrei a belíssima poesia de Luciana do Rocio Mallon. Peço licença à autora e publico aqui o seu comentário.
A geração Twitter é de poucas letras...
Porém de muitas travessuras e “mutretas”!
Esta turma acha que fala muito com pouco...
Ás vezes penso que estou, completamente, louco,
Careta, velho e ultrapassado...
Por mais que eu esteja errado...
Cortar palavras pode cortar a raiz...
Da Língua Portuguesa em meu país!
Minha bisavó falava Vossa Mercê...
A escrava bela dizia “vossuncê”!
Hoje eu escrevo “você”...
E a geração Twitter escreve “cê”!
Esta geração repleta de minimalistas e serelepes...
Escreve uma mensagem em só 140 caracteres!
O problema é que na redação escolar...
Ela só quer saber de “twittar”!
“Twittar” significa gorjear...
Será que ela é uma ave,
Que somente sabe piar
Na clave minguante do luar?
Com certeza ela não é uma gralha,
Que sempre canta e ralha...
De um jeito longo sem parar...
Que ave ela é neste lugar?
Talvez ela seja um bem-te-vi...
Que estava cantando ali!
Antigamente ele dizia:
-Bem –te - vi !
Hoje, esta ave só fala:
- Vi !
É que o bem-te-vi aderiu a esta rede social,
Que é o Twitter tão curto e original!
A regra não é ser longo e nem prolixo...
Assim meu Português vai para o lixo!
Justo eu que gosto de encher lingüiça...
Vi meu açougue ser queimado pela preguiça...
Deste Twitter que vai direto ao ponto...
Ao ponto final que me deixa tonto!
Eu ainda sou da geração Orkut,
Que escreve tudo o que curte...
Espalhando as idéias de verdade...
Pelas diversas comunidades!
A geração Twitter é de poucas letras...
Porém de muitas travessuras e “mutretas”!
Esta turma acha que fala muito com pouco...
Ás vezes penso que estou, completamente, louco.
Luciana do Rocio Mallon
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